62% dos Bancos concordam que as soluções de Big Data são fundamentais para o seu sucesso, segundo o white paper da Global Transaction Banking. No entanto, apenas 29% dizem obter valor comercial suficiente dos seus dados. Isto acontece porque as entidades financeiras precisam de repensar as suas operações e adotar abordagens baseadas nos dados se quiserem permanecer competitivos.
Segundo a McKinsey, o uso dos dados para tomar decisões pode economizar de 15 a 20% do orçamento de marketing. Tendo em conta que os bancos gastam em média 8% dos orçamentos globais em marketing, o uso do Big Data é excelente para reduzir custos e gerar receita adicional por meio de estratégias de marketing altamente direcionadas.
Numa era de constantes avanços tecnológicos, onde o crescimento do volume de dados é exponencial e lidamos com um consumidor muito mais informado e exigente, as organizações do setor da Banca e Serviços Financeiros sentem, por isso, a necessidade de se reinventarem e se adaptarem a este novo mundo, disruptivo e digital, de forma a conseguirem dar resposta a um mercado cada vez mais competitivo e evitarem eventuais erros que possam ter cometido no passado.
O setor bancário é por excelência um setor que produz um enorme volume de dados, muitos deles sensíveis, aliás, de acordo com a Capgemini, 74% dos Millennials estão dispostos a partilhar dados pessoais com os bancos, em comparação com apenas 49% do público com mais de 55 anos.
A juntar a isto, a pressão para que os Bancos e os Serviços Financeiros se mantenham lucrativos é enorme e analisar esse enorme volume de dados para melhor conhecer o cliente é, sem dúvida, um fator crítico de sucesso.
Uma visão precisa e atualizada dos dados financeiros, um conhecimento do comportamento e das necessidades do cliente ou uma análise eficaz dos riscos são apenas algumas das vantagens que a tecnologia oferece à Banca e aos Serviços Financeiros. Mas, a verdade, é que a sinergia entre o Big Data e a análise de dados, em conjunto com a Inteligência Artificial, traz benefícios sem precedentes a qualquer setor com um aumento significativo no desempenho e uma redução nos custos operacionais.
Para aumentar a sua performance e se manterem competitivos, a Banca e os Serviços Financeiros podem também recorrer à analise dos dados para extrair perceções inteligentes e previsões, conseguindo perceber também transações, fraudes, tendências de mercado e gestão de riscos, tanto internos, como de clientes. Os insights gerados perante estes dados permitem melhorar a forma como os Bancos segmentam, analisam e retêm os clientes, além de criar novas ofertas de serviços.
Através da Inteligência Artificial (IA), as instituições financeiras conseguem uma maior vantagem competitiva. Em termos de experiência ao cliente, os chatbots são a forma mais visível de IA adotada no setor, que oferecem aos clientes a conveniência de resolver os problemas com precisão em qualquer lugar e a qualquer hora. Hoje, os chatbots conseguem reconhecer dezenas de milhares de perguntas comuns que um cliente fará. A IA tem ainda um impacto positivo na rentabilidade das tarefas ao absorver as tarefas mais monótonas e repetitivas, deixando assim para os colaboradores papéis mais gratificantes e de elevado valor.
Segundo a IDC, o investimento em Inteligência Artificial vai chegar aos 3 mil milhões de dólares na Europa Ocidental já em 2019, e atingirá mais de 10 mil milhões de dólares até 2022. A Banca e o Retalho estão no top dos setores que mais investem nesta área. Os investimentos no setor financeiro estão a ajudar as empresas a detetar atos ilícitos em contas de clientes e distinguir transações genuínas de fraudulentas, que podem não só causar danos à reputação como perdas financeiras significativas.
Além disso, hoje ninguém tem tempo de se deslocar a um banco físico. O cliente quer interagir com o seu Banco a qualquer hora e em qualquer lugar através das ferramentas disponíveis. A internet e o telemóvel tornaram-se no meio natural para fazer uma série de interações com o banco, o que obriga a banca tradicional a transformar-se digitalmente através de estratégias inovadoras com foco no cliente e numa oferta personalizada e otimizada.
Fruto da transformação digital, as entidades oferecem uma experiência m ulticanal integrada, reunindo dados em tempo real e usando a informação para maior conhecimento do cliente de forma a ter uma oferta mais personalizada.
De acordo com o estudo IBM’S 2010 Global Chief Executive Officer, 89% dos CEO do setor bancário e financeiro dizem que sua principal prioridade é compreender, prever e dar aos clientes o que eles querem. Métricas financeiras e KPIs fornecem medidas eficazes para resumir o desempenho geral do banco e passam a estar disponíveis de forma rápida e fácil através de reports intuitivos.
Embora a análise de dados não seja um tema propriamente novo no setor, as reformas regulatórias, as mudanças na gestão do risco, a expansão para novos mercados e o foco na rentabilidade trazem novas considerações à gestão de topo.
Uma análise avançada aliada à Inteligência Artificial ajuda-o a obter melhorias significativas no seu dia-a-dia, a acelerar o crescimento e a prever as perdas da sua organização. Ao otimizar os processos, qualquer entidade pode recorrer aos algoritmos para perceber as necessidades dos diferentes balcões em todo o país, ou otimizar as rotas para economizar custos.
A análise profunda dos dados históricos e do mercado atual fornecem dados sofisticados de tendências e previsões de comportamento dos mercados. Esses modelos facilitam a tomada de decisão que se tornada mais rápida, informada e eficaz.
Como já vimos, ao ter ao dispor a tecnologia certa permite que redefina os processos, crie novos produtos e serviços, automatize funções e transforme a relação com os clientes e colaboradores.